AMAMENTAR... ATÉ QUANDO?
Sempre tive a certeza que queria amamentar o meu(s) filho(s), que esse gesto iria trazer muitos benefícios para nós dois - não sabia se seriam meninos ou meninas!
Quando fiquei grávida, desde cedo procurei preparar muito bem meus mamilos, para que eles ficassem bem fortes e saudáveis. Isso ajudou muito, pois não tive uma fissura sequer.
Quando a Sophia nasceu, eu não tinha jeito nenhum para lidar com bebês e para falar a verdade, nem sabia segurar um... Então, quando a colocaram em meu colo, por mais que role a magia de ser mãe, do momento como um todo... Foi difícil a gente se acertar.
O apoio do corpo de enfermeiras da maternidade, que ajudaram muito mesmo. Elas são incansáveis e dão todo o suporte necessário (físico e pscológico).
Eu por minha vez, não ficava me cobrando nada, eu sabia que tudo era uma questão de tempo e que logo me acostumaria com tudo aquilo. Pensava em tirar todas as dúvidas, para que quando chegasse em casa não tivesse problemas.
No primeiro dia a Sophia não mamou nada. Ficou muito aquela história de que eles nascem com reservas nutricionais suficientes e tal. Se ela fosse o meu segundo filho, acho que eu saberia estimular mais, mas naquele momento ela estava dormindo muito e não quis saber.
Mas no segundo dia a fome apertou e ela começou a sugar. Só que ela dava duas ou três sugadas e parava. E eu toda tensa a segurando no colo e passava um e dizia, relaxa esses braços... isso era só o que eu ouvia... não só eu, mas todas as mães do pedaço. Mas não conseguia soltar nada.
Eu tentava de tudo para que ela pegasse da melhor forma. Na teoria a gente ouve que não é para pegar errado, senão machuca, mas na prática eu queria que ela pegasse de qualquer jeito, desde que mamasse. O fato de eu não ter bico, dificultou um pouco, pois quando ela pegava, logo escapava.
E todo mundo nos aconselhando que a amamentação não é instintiva no ser humano e que é uma questão de prática e tal. Ela não estava mamando direito, mas estava hidratada.
Quanto ao complemento de NAN, resolvi dar na noite do segundo dia, pois o xixi havia diminuído e como era no copo, não iria influenciar na pega.
Já na madrugada do terceiro dia, a coisa começou a melhorar. As sucções começaram a ter mais força e ela conseguia se manter no peito. Estava muito frio e a enfermeira disse que não era para eu usar a cadeira e sim, ficar na cama que estava bem quentinha. Eu obedeci! Nessa hora eu conseguui sentir a magia, ela estava com um macacãozinho vermelho, toda aninhada comigo e mamando. Dormiu em meu colo e ficamos assim por um bom tempo!
Só que ela não teve alta na quinta, como era o previsto. Devido a um discreto quadro de icterícia, ela teve de tomar banho de luz. Foi muito chato, pois nenhuma mãe quer sair da maternidade sem seu filho nos braços. Sofri muito. É uma sensação muito estranha, de desamparo.
Por outro lado, foi muito positivo e eu acabei aprendendo muito sobre a amamentação.
Ficamos hospedados em um flat próximo ao hospital, pois a cada três horas tinha que amamentar. Neste dia o leite desceu e ficou desconfortável, pois foi de repente e a minha bebê não estava lá na hora para sugar.
Mas não quero me lamentar, já passou e tudo que não mata fortalece. O que foi legal é que a enfermeira que cuidava da fototerapia era ótima e me ajudou muito a massagear a mama para facilitar a mamada. Depois dessas sessões de personal mamadas, fui para casa craque na amamentação e no uso do copinho para o complemento de NAN caso fosse necessário.
Não devo esquecer que lá na maternidade apelidei a Sophia de oncinha, pois ela ficava muito brava se não dava certo a mamada e chorava muito, muito mesmo. Tinhamos primeiro que acalmá-la para depois continuarmos com a mamada. Suei...
Outro ponto importante que coloquei em prática e que ajudou muito, foi o se nunca dar mamar antes de 2 horas da última mamada. Daí em diante, era tomar o remedinho da homeopatia religiosamente e cuidar para que os peitos enchessem de leite.Foi asssim, exclusivamente até perto dos 5 meses, pois como iria trabalhar, já tivemos que introduzir novos alimentos. Antes disso, até que ela experimentou um suquinho ali outro aqui, mas não fez parte de sua rotina.
Hoje, ela com 11 meses e 16 dias, quase completando um aninho, percebo que ela já não se interessa mais pelo peitinho e lembro de que como ele nos salvou de cada situação, a deixando mais calminha, alimentada e feliz!
É com uma certa nostalgia que percebo que este ciclo está se fechando e que logo a minha bebezinha não vai mais mamar na mamãe! Tento pensar que outros ciclos virão e viveremos outras coisas também, mas confesso que está mais difícil desmamar a mamãe do que a filhinha!
PS: O papai também tem muitos créditos e me ajudou muito, principalmente nos primeiros dias de vida de nossa bebê. Acordou nas madrugadas, tirando e colocando nenê do carrinho. E continua ainda, atendendo as suplicas noturmas na fofinha - Mas isso é outro Post: O do dia dos pais, que estou preparando com muito carinho!